Eu sempre escrevo sobre coisas subjetivas - pelo menos eu acho isso, e sobre quase uma "auto-ajuda". Hoje, vou escrever sobre uma coisa concreta. Talvez a mais concretas delas dentro de mim. O amor pela minha sobrinha Anna Carolina.
Como todos sabem, eu não tenho filhos. Mas a Carol é minha bebê! Minha princesa, minha vida. Ela tem 15 anos e "meio" e nasceu da maneira mais adversa que parece até novela. Na família, éramos quatro irmãos. Luciana, Lais, Liziane (eu) e Luis Henrique.
Em 1 de janeiro de 1996 a Luciana, aos 22 anos faleceu. Era noite de ano novo! A data que sempre era tão festiva em nossas vidas tinha tudo para se tornar vazia e sombria. Mas as linhas de Deus são perfeitas, todos bem sabem.
No dia 2 de janeiro, em meio ao funeral de minha irmã Luciana, minha irmã Lais, então com 17 anos começou a passar mal. E foi parar no hospital. Peraí, no hospital não, na MATERNIDADE (risos).
É! Ela estava grávida, de NOVE meses, bem escondidos e guardados. E nasceu então Anna Carolina. O "velório" parou, todo mundo ficou confuso, e bora gente! Vambora comprar roupa, berço, moisés, chupeta, mamadeira e fralda!!!
E saímos do enterro, direto para a porta da Cândido Mariano. Que ironia, bem em frente ao local onde minha Lú tinha partido... O coração era dor e confusão...
Pequenininha, um tesourinho guardado, muito bem guardado. E nossos dias eram dúbios, porque tínhamos a tristeza da perda, porém também aquele ser enchia nossa casa de alegria. Carol foi crescendo e cada segundo, cada passinho, cada chorinho, dentinho, sorriso, dor ou gracinha acompanhada com amor concreto e que não cabe no peito.
A mais linda! A mais bela! Não tenho palavras. Depois dela tive outros sobrinhos, que são especiais, eles são todos especiais, cada um em sua particularidade.
O Tiago com sua responsabilidade, aos 24 anos um rapaz que sei que posso confiar.
Camila, aos 14 anos mostrando TUDO de mim quando tinha essa idade (risos). A rebeldia, o desatino, a inteligência e a beleza que lhe é única.
João Guilherme, aos 13 com sua inteligência e beleza especial. O melhor aluno da escola, premiado pela prefeitura! rsrsrs
Ana Beatriz, quase 3 anos de pura energia, alegria e os cachos mais lindos que Deus poderia fazer.
Pedro Arthur, com um aninho. Meu presente de Deus! Só isso que posso dizer.
Mas Carolina, ah Carolina! Essa menina é especial! Única! Ela é minha princesa! Às vezes as pessoas riem quando eu a chamo de bebê. Um bebê braaaaaavo, genioso, às vezes distante, aquelas coisas de adolescentes.
E sempre costumo dizer: ela não saiu de mim, mas é minha filha! Não sou a segunda mãe, a mãe é a Lais, mas eu sou a TIA, a mãe-tia ou seja lá o que for. Não importa o nome, importa é que o amor é concreto.
E gente, é um amor que não cabe no peito. E agora, minha bebezinha está dodói... E isso me corta ao meio, porque ser mãe é padecer no paraíso, não é?
E nisso tudo, só consigo pensar em uma coisa: eu trocaria de lugar com ela! Sentiria o que ela está sentindo, ficaria com tudo para mim. Mas também como "mãe", preciso pensar. os filhos nascem para o 'mundo', portanto, estou aqui para ampará-la.
Enfim, é só uma declaração de amor... Coisa que eu faço todos os dias e agora concretizei...
E fiquem com Ana Carolina, de Jorge e Mateus
2 comentários:
Lizi.. Muito lindo o seu texto... É isso mesmo, o amor materno não cabe dentro do peito... Se tivessemos a oportunidade de proteger nossos pequenos de todos os males, faríamos certamente. Mas o sofrimento faz parte da vida. Com ele, nos tornamos pessoas mais fortes, prontas para enfrentar o mundo.
Pode ter a certeza de que o seu ombro e o seu colo pronto a recebê-la representam tudo o que pode oferecer, além do grandioso amor, é claro...
BJ
Refletindo mais um pouco sobre essa história de vida: é mesmo Deus agindo entre nós...
A Carol veio ao mundo com uma missão enorme, das mais belas e importantes... Já chegou amenizando a dor tamanha que estavam sentindo e mostrando a força do amor que uma nova vida traz...
Beijo
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